Professores da UEL estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo, aponta ranking

O Perobal


atualizado 1 ano atrás


A Universidade Estadual de Londrina conta com sete docentes e um pesquisador apontados como referências internacionais em suas áreas no ranking Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, publicado pela Editora Elsevier, sediada na Holanda. O ranking leva em consideração uma série de critérios, como o número de citações dos autores em diferentes artigos científicos. Coordenado pelo professor John Ioannidis, da Universidade Stanford, o ranking traz, ao todo, 22 nomes de quatro universidades estaduais do Paraná – UEM (9), UEL (8), UEPG (3) e Unicentro (2).

Da UEL, os professores citados são Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro Bracarense, da área de Ciência Veterinária; César Ricardo Teixeira Tarley, de Química Analítica; Cláudia Bueno dos Reis Martinez, de Toxicologia; Fábio Pitta, de Sistema Respiratório; Rubia Casagrande e Waldiceu Verri, de Farmacologia e Farmácia, e Suzana Mali de Oliveira, de Ciência de Alimentos. O ranking ainda aponta o nome do ex-professor da UEL Victor Fattori, que foi orientando do professor Waldiceu Verri, e, atualmente, é pós-doutorando da Universidade Harvard, em Boston.

Os docentes citados também já figuraram em posições de destaque em outros rankings internacionais, reafirmando a relevância da produção científica realizada na Universidade Estadual de Londrina. 

O ranking organizado pela equipe da Universidade Stanford e publicado pela Elsevier no início deste mês é resultado da avaliação das produções de mais de 400 mil cientistas de todo o mundo. A base de dados analisada, Scopus, era formada por nada menos do que 85 milhões de publicações, revisadas, por pares, até 2022.

Os oito pesquisadores foram reconhecidos como referências internacionais e suas áreas (Reprodução: TEM Londrina)

Egressa da graduação 

Uma das docentes apontadas é egressa do curso de Farmácia da UEL. Rubia Casagrande conta que o sonho de ser professora e atuar com a pesquisa aplicada em laboratórios nasceu antes do interesse pela área, ainda no Ensino Médio. Da época da graduação, traz boas lembranças que aparecem como filme diante do reconhecimento internacional. “Com as aulas práticas e a condução do curso, eu tive certeza daquilo que eu queria, sempre praticando a vontade de ser docente”, conta. 

Após concluir o doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, retornou à UEL, onde é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, do Departamento de Ciências da Saúde (CCS).

Uma de suas convicções sobre a ciência é a de que “o principal produto da pós-graduação Stricto sensu é a boa formação dos alunos”. “Acaba sendo o reconhecimento de toda uma dedicação de muitos anos e abdicação do convívio com a família e os amigos”, destaca Rúbia, que atua com alternativas terapêuticas para o combate de danos cutâneos causados pela exposição à radiação UVB, visando à proteção da pele.

Desde 1989 

Paulistana, a professora Cláudia Bueno dos Reis Martinez está na UEL desde 1989. À época, deparou-se com uma oportunidade que parecia ser muito promissora em uma universidade do interior do Paraná ainda muito jovem, que acabara de atingir a maioridade. “Na época, havia uma disciplina no CCB chamada Fisiologia Animal Comparada, e eu decidi assumir a disciplina e acabei ficando”, lembra a professora.

À frente do Laboratório de Ecofisiologia Animal (Lefa), do CCB, também é professora no Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGCF) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da UEL, além de ter uma cadeira na pós-graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCcar). 

A sua linha de pesquisa, na área de toxicologia aquática, tem como objetivo avaliar a saúde dos ambientes aquáticos por meio da saúde dos animais. Suas pesquisas visam medir os efeitos dos defensivos agrícolas e fármacos na saúde dos peixes, girinos e crustáceos, exemplifica. 

Atualmente, vem trabalhando com testes envolvendo o uso de ativos de origem botânica em determinados ambientes aquáticos. Liberados em nanocapsulas de forma lenta, estes nanopesticidas visam promover uma agricultura mais sustentável, atendendo a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). 

“Para usar estes nanopesticidas, precisamos testá-los nos organismos. Então, estamos fazendo isso. Inclusive, vamos mostrar estes projetos no Paraná Faz Ciência. Estamos tentando tanto preservar a vida na água, quanto desenvolver uma agricultura mais sustentável”, explica a professora, exaltando também, o trabalho desenvolvido pelos colegas de Laboratório, Juliana Delatim Simonato Rocha e Paulo César Meletti. Juntos, os professores atuam na coordenação das pesquisas desenvolvidas por um grupo de dez bolsistas do Laboratório, sendo dois de pós-doutorado, três de doutorado, dois de mestrado e três de Iniciação Científica (IC).

Já para a professora Claudia Martinez, ver o desenvolvimento dos alunos é o que reforça o sentimento de ter tomado a decisão certa – de vir se tornar professora na UEL – há 34 anos. “Tive oportunidades de sair e nunca quis. Gosto muito da UEL, gosto muito de Londrina.”

Fonte: https://operobal.uel.br/ultimas/2023/10/25/professores-da-uel-estao-entre-os-pesquisadores-mais-influentes-do-mundo-aponta-ranking/

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