Projeto é selecionado no PET Saúde com R$ 1,5 milhão para 72 bolsas de estudos

Luiz Fernando Abreu*

Agência UEL

A UEL foi contemplada com R$ 1,5 milhão em bolsas de estudo pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde: Informação e Saúde Digital (PET Saúde: I&SD), vinculado ao Ministério da Saúde. A seleção veio através da proposta do projeto de extensão “Para mais saúde, clique aqui! – A Saúde Digital ao Alcance de Municípios de Pequeno Porte do Norte do Paraná”, um dos 86 selecionados dos 190 inscritos em todo o Brasil.

O projeto será coordenado pelo professor Pablo Guilherme Caldarelli, vinculado ao Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil e Saúde Coletiva, do Centro de Ciências da Saúde (CCS). A proposta foi elaborada em parceria com a 17ª Regional de Saúde e envolverá 72 bolsistas, entre estudantes e profissionais da área da saúde e tecnologia que participarão de ações nos municípios de Assaí, Bela Vista do Paraíso, Jataizinho, Sertanópolis e Tamarana.

Caldarelli explica que o projeto reúne professores e alunos de dez cursos de graduação nas áreas de Enfermagem, Medicina, Nutrição, Farmácia, Odontologia, Fisioterapia, Psicologia, Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Ciência da Computação e Design Gráfico. “Fizemos uma articulação com professores específicos e conseguimos construir essa rede interna. Isso falando especificamente da nossa construção interna, porque temos uma construção de parcerias externas, que são os municípios”, afirma.

O professor também diz que pensou no projeto como uma forma de promover a integração entre o ensino e a articulação das tecnologias para os serviços de saúde. “Então a nossa ideia é que com a expertise e com os saberes da Universidade, desses professores que vêm de diversos centros, diversos cursos e com a expertise dos serviços, dos trabalhadores, das trabalhadoras, dos gestores desses municípios, a gente possa fazer essa articulação”, elabora.

Saúde Digital

A estrutura do projeto consiste em três eixos principais, guiados por Metodologias Ágeis e OKRs (Objectives and Key Results, ou Objetivos e Principais Resultados), que focam na execução, organização e desenvolvimento de projetos ao mesmo tempo que concentram na definição e medição de metas e resultados. Para cada um dos eixos haverá dois grupos com 12 bolsistas que atuarão ao longo de 24 meses.

No primeiro eixo, “Cultura de Saúde Digital, Formação e Educação Permanente”, o projeto buscará engajar a comunidade em saúde digital, e promover a formação e a multiplicação dessa cultura. Já o segundo eixo, “Soluções Tecnológicas e Serviços de Saúde Digital”, propõe induzir a inovação, expandir o uso de telemedicina/telessaúde e otimizar processos com ferramentas digitais e fortalecer a inovação do segmento. Por último, o eixo “Interoperabilidade, Análise e Disseminação de Dados” visa integrar os municípios à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), tanto para apoiar a tomada de decisões com base em dados, quanto para qualificar a gestão e segurança das informações.

Para o professor, a seleção do projeto dentre os muitos que se inscreveram é uma vitória e sinaliza um importante avanço na integração entre a UEL e os serviços públicos de saúde. “É um reconhecimento do nosso trabalho, até mesmo da importância desse projeto para a Regional de Saúde, para esses municípios, para a formação dos nossos estudantes, e para o reconhecimento do nosso trabalho como instituição pública, que tem esse papel também de devolver à comunidade, de devolver à sociedade esse conhecimento”, comemora.

A previsão é que as atividades do projeto tenham início em julho, com a publicação dos editais de seleção dos bolsistas e demais participantes.

*Estagiário de Jornalismo da Coordenadoria de Comunicação Social.