Juventudes, Identidades e Vivências Juvenis – miradas sul-sul a partir de Angola, Brasil e Moçambique

O projeto decorre do acúmulo adquirido no desenvolvimento da pesquisa “sistemas de proteção dos direitos humanos e sociais voltados à infância e juventude em Angola, Brasil, Moçambique e Portugal” que busca conhecer as particularidades e singularidades desses sistemas nesses países. O projeto de pesquisa está vinculado ao departamento de serviço social da Universidade Estadual de Londrina – UEL (Paraná, Brasil) e acontece em parceria com a Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB (Bahia, Brasil). Contamos também com apoio e participação de pesquisadoras e pesquisadores de Portugal, Angola e Moçambique, vinculados a universidades desses países. As particularidades levantadas nos possibilitaram enxergar identidades e influências da África no Brasil, especialmente no que se refere as expressões culturais ainda presentes tanto aqui como lá.

Além disso, constatamos que a imposição de uma identidade homogênea foi influenciada pela forma com a qual a colonização portuguesa impetrou prioridades e violências, ou seja, sob a égide do racismo, houve uma tentativa de se apagar a diversidade cultural e identitária. Tais constatações nos levam ao anseio de aprofundarmos o conhecimento sobre as identidades juvenis, por isso, a proposta investigativa que aqui se desenha tem como objetivo geral conhecer as particularidades e singularidades das condições juvenis e construção das identidades a partir das vivências de jovens angolanos, brasileiros e moçambicanos. Teoricamente nos assentamos em uma perspectiva crítica que valoriza as epistemologias do sul. Teceremos uma análise comparativa e os elementos empíricos levantados serão observados a partir de determinantes históricos, econômicos, sociais e culturais dos países em questão, permitindo que as reflexões evitem generalizações. Realizaremos revisão bibliográfica, pesquisa documental. A proposta estará vinculada ao NEAB – Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UEL e visa estimular o protagonismo juvenil e a construção de políticas públicas. Por fim, almejamos produzir um livro e criar o observatório juventude(s) do Sul, pelo sul.

Coordenador/a
Profa. Dra. Andréa Pires Rocha

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