Pesquisas em andamento
O LEAFRO desde o ano 2000 realiza ações, como pesquisa, atividades de ensino e extensão com o objetivo de conhecer, promover o reconhecimento e a valorização da história, memória e cultura da população negra e africana, assim como a difusão da sua realidade social. A partir de 2004 tem como principal instrumento a Lei Federal 10.639/03.
Ações Afirmativas na Instituições de Ensino Superior Federais e Estaduais: Perfil e trajetória de estudantes cotistas
Historicamente, a população negra esteve excluída do sistema de educação brasileiro, notadamente do Ensino Superior. Essa exclusão tem provocado e sustentado as desigualdades sociais e raciais no Brasil. Nos últimos 20 anos, várias instituições públicas e privadas têm implementado ações afirmativas, de que resultou a inclusão de representantes de grupos historicamente vulneráveis e excluídos, como a população negra, indígena, quilombola, pessoas com deficiência e outros grupos. Nesta perspectiva, no âmbito do Grupo de Pesquisa Avaliação de Políticas Educacionais (GPAPE) e do Centro de Estudos SoU_Ciência, este projeto tem como objetivo analisar o processo de inclusão e realizar um diagnóstico sobre a trajetória e as condições de permanência dos/as estudantes beneficiados pelas Cotas, oriundos de Instituições públicas, e negros/as do mesmo tipo de instituição. Quanto à metodologia e às fontes, serão analisados os microdados do ENADE e do Censo da Educação Superior do INEP e será feita revisão bibliográfica. Espera-se, com essa análise, contribuir para realizar um diagnóstico sobre a presença da população negra na Universidade e assim fornecer informações para que o processo de inclusão e propor as estratégias que garantam o sucesso da trajetória acadêmica dos estudantes cotistas e para que a política possa ser aperfeiçoada..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Integrantes: Maria Nilza da Silva – Coordenador Maria Angelica Pedra Minhoto – Supervisora.
Caleidoscópio das Ações Afirmativas: avaliações, experiências e alcances das políticas de cotas nas universidades públicas (2022 – Atual)
Nessa pesquisa pretende-se realizar uma série de estudos de casos sobre as transformações sociais provocadas, direta ou indiretamente, pela introdução de ações afirmativas no país. Visa-se, portanto, investigar e avaliar as consequências dessas políticas públicas, sobretudo o modo como elas afetaram a compreensão da questão racial em nossa sociedade. A ideia inicial é de proceder a uma reflexão sobre os efeitos e impasses das ações afirmativas, tanto no interior das universidades como fora delas. Serão abordados temas, tais como: 1) a expansão das ações afirmativas para outros grupos que não os negros de escolas públicas (quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência, etc.); 2) avaliação do desempenho de cotistas e não-cotistas; 3) especificidades das ações afirmativas em universidades estaduais; 4) as ações afirmativas na pós-graduação e seus impactos nas pesquisas; 5) as demandas por mudanças nos currículos (virada decolonial); 6) os impactos na composição do alunado; 7) os coletivos e o feminismo negro que se fortalecem; 8) situação dos egressos cotistas no mundo do trabalho; 9) bancas de heteroidentificação e o jogo das classificações raciais;- os efeitos no ensino médio; 10) a história da África como espaço para contextualizar o racismo no Brasil; 11) o modo como o debate público se tornou mais aberto aos temas ligados às desigualdades raciais, etc. Essa lista não exaustiva dialoga com alguns dos temas que são desenvolvidos pelos membros da equipe em pesquisas anteriores e que serão aqui reatualizadas em uma perspectiva dialógica e comparativa. Esse esforço conjunto se torna possível pelas parcerias já existentes entre os membros do grupo e serão reforçadas pelas possibilidades de organização de encontros, simpósios e de divulgação conjunta dos resultados obtidos (livros, dossiês em revistas, podcasts, homepages, etc.). Além disso, espera-se que essa pesquisa impacte a compreensão atual sobre o tema das ações afirmativas nas ciências humanas. Chamada no 40/2022 – Linha 3B – Projetos em Rede – Políticas públicas para o desenvolvimento humano e social – Pro-Humanidades 2022- CNPq – Coordenador Paulo Sérgio Neves (UFABC) Integrantes: Maria Nilza da Silva – Integrante / Acacio Sidinei Almeida Santos – Integrante / Joaze Bernardino Costa – Integrante / Neves, Paulo Sergio C – Coordenador / Andrea Lopes da Costa – Integrante / Dulcinei da Conceição Lima – Integrante / Edneia Tavares Lopes – Integrante / Emerson Ferreira Rocha – Integrante / Gilson Barbosa Dourado – Integrante / Gilvania Maria da Silva – Integrante / Henrique da Rosa Muller – Integrante / Isabel Teresa Cristina Taukane – Integrante / Janaina Damaceno Gomes – Integrante / Laila Thaise Batista de Oliveira – Integrante / Laura Moutinho – Integrante / Lidia Carla Araujo dos Anjos – Integrante / Luciana Garcia de Mello – Integrante / Paula Cristina da Silva Barreto – Integrante / Pedro Lopes – Integrante / Raimunda Maria Rodrigues Santos – Integrante / Ramon de Oliveira Santana – Integrante / Sergio Henrique da Conceição – Integrante / Suely Aldir Messeder – Integrante.
Financiador(es): (CNPq) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Projetos de Pesquisa e Extensão desenvolvidos:
Programa UNIAFRO – MEC
• Programa de Ações Afirmativas para a População Negra de Londrina, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos AfroAsiáticos – NEAA – UEL (EDITAL 2005/SESu/SECAD-MEC – UEL/Proex 01087). Elaborado por Maria Nilza da Silva. Participaram 9 docentes e 31 estudantes.
História e Cultura Africana e Afro-Brasileira: educação e Ações Afirmativas no Brasil (Convênio n. 400105/2010 – UEL / MEC/FNDE – UEL/PROEX 01595). Elaborado por Elena Maria Andrei, coordenado por Maria Nilza da Silva. Participaram 9 docentes e 2 estudantes.
Programa AFROATITUDE
• O projeto Afroatitude UEL concedeu 50 bolsas para cotistas negros de diferentes cursos que, no âmbito do NEAA, participavam de projetos de ensino, pesquisa e extensão. O projeto na UEL teve duas edições e foi desenvolvido entre os anos de 2005 e 2007.
Programa Universidade Sem-Fronteiras
• LEAFRO I – Laboratório de Cultura e Estudos Afro-Brasileiros: diálogos para o reconhecimento e a valorização da História e Cultura Afro-Brasileira no Paraná (Jacarezinho e Londrina) – 2009-2010.
Elaborado por Maria Nilza da Silva em 2009. Convênio SETI/UEL e UEL/PROEX 01434. Participaram 9 docentes, 20 estudantes e 2 recém-formados;
• LEAFRO II – Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Africanos.
Elaborado e coordenado por Maria Nilza da Silva de 2012 a 2018 – UEL/PROEX 01703. Participaram 9 docentes, 49 estudantes de graduação, 3 estudantes de pós-graduação e 3 colaboradores externos;
• LEAFRO III – Laboratório de Cultura e Estudos Afro-Brasileiros: diálogos para o reconhecimento e valorização da memória e da identidade da população negra no Paraná.
Elaborado e coordenado por Maria Nilza da Silva de 2017 a 2018. Órgãos Públicos – Res. 070/2012 – UEL/PROEX 02158. Participaram 6 estudantes de graduação, 2 recém-formados e 1 colaborador externo.
Programa de Extensão Universitária – PROEXT
• LEAFRO IV – Inclusão e Promoção da Igualdade Racial da UEL. Elaborado e Coordenado por Maria Nilza da Silva de 2017 a 2019. Financiamento MEC/SISU PROEXT n. 7707.3.858.08052015. Participaram 7 docentes, 28 estudantes de graduação e 7 colaboradores externos.
Projetos de Pesquisa
• Território e Segregação Urbana: o lugar da população negra na cidade de Londrina. Coordenado por Maria Nilza da Silva de 2005 a 2008. Participaram 3 docentes e 15 estudantes de graduação.
• A População Negra em Londrina: memória e realidade social. Projeto financiado pelo CNPq de 2009 a 2015 – Bolsista Produtividade Maria Nilza da Silva. Participaram 2 docentes e 10 estudantes de graduação.