Gênero e Religião: uma relação conflituosa e desigual

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atualizado 1 ano atrás


A eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da República representou a vitória do crescimento e avanço de um grupo que vinha lenta e continuamente dominando os espaços político, social e religioso desde os anos 1970: o grupo composto por homens e mulheres das igrejas pentecostais e neopentecostais. São pessoas que reatualizam seus discursos, disseminam a intolerância às religiões de matriz africana, pregam a misoginia e a homofobia por toda a sociedade.

Por meio de pesquisa em fontes como redes sociais, meios de comunicação, documentos de igrejas tradicionais, pentecostais e neopentecostais, e entrevistas com mulheres que frequentam tais igrejas, temos por objetivo analisar as motivações que permitem a reprodução e legitimação da influência da religião no comportamento e na concepção de mundo das mulheres.

Como resultado, esperamos despertar na comunidade universitária, nos grupos frequentados por mulheres e nos coletivos de mulheres, o interesse em debater a presença de valores religiosos, na concepção de mundo de homens e mulheres que reproduzem e ratificam a submissão aos valores patriarcais e a dominação de líderes religiosos.

Nesse sentido, entendemos nossa aproximação com a ODS 5 – Igualdade de Gênero: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; particularmente o 5.1 – Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda partes; 5.1.1 – Existência ou não de arcabouço legal em vigor para promover, reforçar e monitorar a igualdade e a não-discriminação com base no sexo.

Coordenadora: Profa. Dra. Claudia Neves da Silva

Contato: claudianevess@uel.br

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