Avaliação e conscientização do tolueno como causador de disfunção olfatória em trabalhadores frentista de Londrina
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atualizado 1 ano atrás
A perda da capacidade olfatória é um distúrbio significativo, embora pouco estudado. A toxicidade olfatória causada pelo tolueno, composto presente na gasolina, expõe os trabalhadores dos postos de gasolina a um comprometimento olfatório. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito tóxico da exposição ao tolueno na função olfativa de trabalhadores de postos de gasolina no Brasil, juntamente com a avaliação dos níveis do metabólito do tolueno em amostras de urina. Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal envolvendo 74 voluntários, sendo 46 trabalhadores de postos de gasolina expostos ao tolueno e 28 controles não expostos. Foram incluídos participantes com idade entre 31 e 60 anos, de ambos os sexos, aplicando-se critérios de exclusão aos indivíduos que apresentassem perda olfatória por fatores não relacionados à exposição ocupacional.
Foram utilizados questionários abrangentes que capturavam exposição ocupacional, medidas antropométricas, hábitos e vícios. A função olfativa foi avaliada usando o Teste de Identificação de Olfato da Universidade da Pensilvânia (UPSIT). Amostras de urina foram coletadas e analisadas quanto aos níveis do metabólito tolueno por meio de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Os fatores associados aos níveis de ácido hipúrico corrigidos pela creatinina incluíram as concentrações de o-cresol e ácido metilhipúrico, ambos metabólitos do tolueno. Conclusão: Embora não tenham sido detectadas disparidades significativas na função olfativa entre frentistas de postos de gasolina expostos ao tolueno e controles não expostos, o estudo destaca a importância de avaliar o potencial tóxico do tolueno devido à sua presença detectável em amostras de urina. É necessária mais investigação para avaliar os valores máximos permitidos para a exposição profissional ao tolueno e as implicações para a saúde dos trabalhadores.
O projeto possui a possibilidade de reduzir as contaminações químicas nos ambientes de trabalho e oferecer ferramentas para a prevenção de exposições a produtos perigosos (ODS 3) e de educação em saúde e segurança (ODS 4).
Equipe: Tiago Severo Peixe (Curso de Farmácia/UEL), Marco Aurelio Fornazieri (Curso de Medicina/UEL), Lycio Shinji Watanabe e Alessandra Maffei Monteiro (Curso de Química/UEL), das alunas de Iniciação Científica Giulia Maria Gagliazzi Lage, Aline Yumi Utsunomiya (Farmácia/UEL) e Caroline Amane (PUC/Londrina).
Coordenador: Prof. Dr. Tiago Severo Peixe
Contato: tiago@uel.br
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