Cem anos de solidão

Revista Jornalismo & Ficção


atualizado 5 meses atrás


O mais famoso livro de Gabriel García Márquez transcriado em folhetinsta, durante os meses de outubro de 2022 a fevereiro de 2023. Livre interpretação de Ana Clara Marçal @anaclaramarcal_ e imagens de Bárbara Borowski @bavvki

I. A descoberta do gelo

Ciganos chegam a Macondo com todo tipo de invento já descoberto. Ímã. Lupa. Dentadura. Mapas. José Arcádio Buendía só consegue pensar em uma coisa: como o povoado pode viver tantos anos desprovido de tamanhas maravilhas?

Pode-se dizer que o “cigano com mãos de pardal” dividiu a aldeia – em especial, José Arcádio – em antes e depois. Como um viciado, após ter contato com essas novidades da ciência, não seria fácil para ele se desintoxicar dos seus empreendimentos.

Um, em especial, o atingiu no peito. Até um sonho antigo passou a fazer sentido. A lembrança que Aureliano carregaria consigo diante do pelotão de fuzilamento. “O grande invento da humanidade”: o gelo.

II. Fantasma de Prudêncio

Casamento entre primos. O temor de gerar uma criança com rabinho de porco. Motivo suficiente para Úrsula demorar a consumar seu casamento. Porém, José Arcádio, Aureliano e Amaranta nasceram normais. Graças à briga com Prudência Aguilar.

Após perder uma rinha de galo, Prudêncio tem a infeliz ideia de zombar da “impotência” de José Arcádio. A brincadeira custou-lhe a vida! Chega. Nenhuma morte mais ocorrerá por causa de Úrsula. Enfim, o casamento é consumado.

O que José Arcádio e Úrsula não esperavam é que teriam o fantasma de Prudêncio como eterno companheiro do casal.

 III. Peste da insônia

Uma menina, órfã, aparece em Macondo com uma cadeirinha de balanço, uma carta e uma trouxa chacoalhando os ossos dos pais. Se alimenta da terra úmida do quintal e das bolachinhas de cal que arranca da parede. Essa é Rebeca. Alguns dias depois, Rebeca Buendía.

Ela traz uma peste. As noites são passadas em claro. Mas há disposição durante o dia. Todas as pessoas do vilarejo começam a esquecer de tudo. Nomes. Fisionomias. Funcionalidades. Não lembram mais a função da panela, por exemplo. A peste da insônia assola os moradores de Macondo.

IV. Loucura de José Arcádio

Ao som da pianola, a casa dos Buendía dança a melodia do amor. Pietro Crespi embala-se no ritmo de Rebeca. Mas a alegria não é compartilhada pela irmã que “também padecia do espinho de um amor solitário”. Amaranta vai dar trabalho!

Aureliano também embala seus pensamentos no compasso da paixão. A pequena Remédios – literalmente uma criança – não sai da sua cabeça. O romance da irmã é o impulso que lhe falta para revelar seu amor. Ela ainda é “impúbere”, mas o amor é paciente.

O frenesi da casa só se acalma com a morte do cigano Melquíades. Seu amigo, José Arcádio, enlouquece de vez e passa a morar embaixo da árvore, amarrado como cachorro. 

V. Entre liberais e conservadores

Enquanto a família Buendía se alegra com a recém casada Remédios, Rebeca desencanta-se com o eterno noivado. Mal sabia que quanto mais distante seu casamento estivesse, mais segura ela estaria. Com o dia próximo, Amaranta, que recorre a todo tipo de obstáculo, confia em suas orações para impedir o casório.

As preces foram poderosas, mas contra a pessoa errada. Morre Remédios, com um par de gêmeos no ventre. Coincidência? Não para Amaranta. Um homem monumental, coberto de tatuagens, retorna a Macondo: José Arcádio. Mas a distância mudou-o. Ele já não se encaixa na família. Só Rebeca consegue acolhê-lo – e o faz tão bem que se casam e vão morar sozinhos.

Enquanto isso, Aureliano só tinha olhos para uma coisa: a guerra. Macondo equilibra-se entre liberais e conservadores até o dia em que Úrsula anuncia: “começou a guerra”. (Re)nasce, assim, o Coronel Aureliano.

VI. Dezessete filhos do coronel

Macondo banha-se em sangue e tragédias. Menos o de Aureliano. Ao lado dos liberais, ele escapa de dezenas de rebeliões, atentados, emboscadas e de um pelotão de fuzilamento. Também arranjou tempo para gerar 17 filhos, de 17 mulheres diferentes.

Aureliano vence a morte tantas vezes devido aos presságios que sente desde a adolescência.

Seu sobrinho, Arcádio, mostra pulso firme e instaura-se ditador. Coitada da Úrsula! O neto, que criara como filho, era um ditador; o outro estava na guerra. Amaranta quebra o coração frágil de Pietro Crespi, que chega ao ponto de se matar.

Arcádio morre fuzilado e deixa uma menina, um par de gêmeos e a esposa aos cuidados de Úrsula. José Arcádio morre de maneira suspeita (será que foi Rebeca? Não, não faz sentido…). E José Arcádio Buendia é chamado por Prudêncio Aguilar para fazerem rinhas em outro mundo. Nessa noite, Úrsula dorme embalada pela chuva de flores amarelas que velava seu marido.

VII. Aureliano tenta se matar

Amaranta e Aureliano José retomam o temor de nascer um Buendía com rabo de porco. O sobrinho apaixona-se pela tia, ao passo que nem a brutalidade da guerra a arranca de seu coração. Não importa.

Amaranta fecha-se mais uma vez e mostra que seu coração está fadado a solidão. Aureliano José é mais uma recordação para Úrsula. A matriarca dos Buendía convive com a morte ao mesmo tempo em que parece eterna. Quanta gente ela já velou!

O coronel Aureliano é a prova de como a guerra muda o homem. Estava irreconhecível. A guerra mata-o em vida; mas, frente ao armistício, decide atentar contra a própria vida. Pediu ao médico que marcasse com iodo onde ficava o coração. Mais tarde, uma bala atravessaria bem ali. Atirou. Mas ele está fadado a morrer de morte natural, lembra? O médico havia marcado o único local onde a bala atravessaria sem atingir nenhum órgão vital. Agora, Aureliano era um mártir.

VIII. Pacto com a solidão

Enquanto o coronel Aureliano Buendía, concentrado nos peixinhos de ouro, “conseguiu compreender que o segredo de uma boa velhice não é mais que um pacto honrado com a solidão”, Úrsula, já centenária, desdobra-se para dar conta dos Buendía.

Os gêmeos Aureliano Segundo e José Arcádio Segundo pareciam ser exceções da herança que carregavam nos nomes. Cresciam idênticos. Até terem a ideia de trocar as pulseiras e cores de camisetas que eram usadas para diferenciá-los.

Como uma volta de 360°, o tempo retorna ao ponto de início. “Quando Úrusula percebeu que José Arcádio Segundo criava galos de briga e que Aureliano Segundo tocava sanfona nas festas ruidosas de sua concubina, achou que ia enlouquecer. Era como se ambos tivessem concentrado todos os defeitos da família, e nenhuma de suas virtudes.”

Animais se proliferam em números extraordinários. Mulher compartilhada entre irmãos. Dinheiro para dar e vender. Remédios, a Bela, matando homens de amor. Novo casamento entre Aureliano Segundo e a matrona vinda na embarcação de José Arcádio, Fernanda del Carpio. Úrsula não terá sossego tão cedo!

IX. Trem amarelo de Macondo

A chegada de Fernanda del Carpio reaviva memórias. A recém casada mostra semelhanças com o falecido sogro, Arcádio. Manda e desmanda com facilidade. Uma tirana! Ainda assim, uma peça solta, perdida na família. O único que lhe inspira receio é o coronel Aureliano Buendía. Com esse ela não se mete!

Falando no coronel, apenas 17 visitas poderiam fazê-lo sair de sua oficina. Os 17 filhos Aurelianos que chegam no povoado para seu jubileu. Da cerimônia ele não quis saber, mas os Aurelianos passam bons tempos em Macondo. Os 17 ganham uma cruz de cinzas na testa, marca que carregariam até a morte.

Aureliano Triste e Aureliano Centeno, com as produções de gelo cada vez maiores, instalaram uma estrada de ferro para escoar a produção pelo “inocente trem amarelo que tantas incertezas e evidências, e tantas alegrias e desventuras, tantas mudanças, calamidades e nostalgias haveria de levar a Macondo”.

X. Uma banana para Mr. Hebert

O trem traz inúmeras maravilhas para o povoado. Mas também traz o “rechonchudo e sorridente” Mr. Hebert. Ele chega com balões que voam e desejos de ir logo embora. Mas, oferecem-lhe uma banana e, em troca, ele fica. Traz depois engenheiros, agrônomos, hidrólogos, topógrafos e advogados. Macondo também terá uma plantação de bananas!

A aldeia mudou tanto que os moradores acordam cedo para conhecer seu novo mundo. Enquanto os gringos se deleitavam em Macondo, Remédios, a bela, sube aos céus, em corpo e alma, envolta em lençóis.

Úrsula cada vez mais velha, quase sem visão, aguarda o sossego que ainda está longe. O coronel Aureliano amealha dinheiro para outra guerra contra os gringos enquanto as cinzas de seus 17 Aurelianos viram tiro ao alvo.

XI. Memória do circo e do gelo

Perdidas as contas de sua idade, Úrsula, quase cega, sente o desgaste do tempo em seu corpo. José Arcádio e Meme saem de casa. A nova ditadora, Fernanda del Carpio, garante que seu marido abandone a casa dos Buendía. Ele voltou para Petra Cotes. Regressa ao lar apenas nas férias da filha para uma encenação de família feliz.

A reação humana só foi vista em Aureliano, no dia 11 de outubro, quando foi ao circo. Pela primeira vez em anos, lembra-se da tarde em que seu pai o levara para conhecer o gelo. Enquanto urina, pensa no circo. Até que a lembrança se deslembre. Enfia a cabeça entre os ombros e fica lá imóvel. Só o notam quando os urubus estão baixando.

XII. Correio da morte

“Vestida de azul e com os cabelos longos”, a morte marca encontro com Amaranta para quando ela acabasse de tecer a própria mortalha. A antecedência com que se apresentou deu-lhe tempo para despir-se de toda amargura, miséria e rancor. Quando ela dá o último ponto na veste, parte sem dor, nem medo.

Antes, quis reparar seus erros. Anunciou a toda a aldeia sua despedida de modo que pudessem levar cartas para que ela entregasse aos mortos. Com o “correio da morte”, a luva preta na mão e virgem, Amaranta se foi…

Enquanto isso, Meme, de volta à casa, apaixona-se por Maurício Babilônia. O romance secreto logo é descoberto por Fernanda, que desaprova o relacionamento. Expulsa Maurício de casa, junto de suas borboletas amarelas.

Trancada no quarto, Meme abraça sua serena solidão. Essa tranquilidade não é gratuita e Úrsula foi a primeira a desconfiar. Seus banhos agora eram noturnos, com a companhia dos escorpiões e das borboletas amarelas. Os encontros noturnos custaram a locomoção de Maurício, que haveria de morrer de velho, em companhia apenas das borboletas.

XIII. Greve dos trabalhadores

Três coisas dificilmente mudam para os Buendía: os nomes masculinos, a solidão e as guerras. Com a chegada do filho de Meme não seria diferente. Tentando dissipar a vergonha que sente da filha, Fernanda mandou-a para um convento, onde haveria de passar o resto da vida. Muda. Solitária. A contragosto, o bebê, Aureliano Babilônia, será criado pela avó.

Nesse meio tempo, Macondo quase chega a uma guerra civil, oriunda da greve dos trabalhadores da companhia bananeira. José Arcádio Segundo levantou sua voz em prol dos trabalhadores. Resultado: acordou coberto de sangue em um vagão, deitado sobre corpos mortos: crianças, mulheres, homens e idosos.

Calculou 3 mil. Todos que estavam na praça no dia anterior. Era para ter sido uma reconciliação. Foi uma chacina. Dos grevistas, só sobra ele. Na versão dos oficiais, “não houve morte. Desde o tempo do coronel Aureliano, não acontece nada em Macondo”. Tudo isso regado pela chuva torrencial que haveria de durar anos.

XIV. Chuva de Macondo

Choveu por 4 anos, 11 meses e 2 dias. Casas de madeira foram arrastadas, a companhia bananeira destroçada e os moradores impregnados de uma cor esverdeada e de um perfume de umidade. Não tornaria a chover por 10 anos. Aureliano Segundo novamente na casa da mulher. Não importa o poder da chuva, os costumes continuam no lar dos Buendía.

O coronel Gerineldo Márquez morre. Ao sair para ver a passagem do corpo do amigo, Úrsula avisa que assim que a chuva passar eles se encontrariam. Estava esperando a estiagem para morrer. No terceiro ano da chuva, já estava em ‘estado disparatado de confusão’.

Aureliano Segundo entretia-se com as crianças e o serviço doméstico, deixando Petra Cotes abandonada. Sua fortuna foi tragada pela chuva. Em vão, tenta achar o São José de gesso enterrado na casa. Quando, enfim, estiou ele sai à rua para rever Petra. Entra em angústia com tamanha destruição.

XV. Morte de Úrsula e dos gêmeos

Nem na véspera da morte Úrsula pode padecer com tranquilidade. Os lampejos de lucidez tornam-se frequentes por um tempo, depois, desapareceram de vez. Vendo a decadência da casa, entra na ‘febre da restauração’. Assim chega ao antigo quarto de Melquíades. Lá estava José Arcádio Segundo afundado em sua solidão.

Seu irmão começa a vender as Rifas da Providência, já que os animais não pariam como antes. A solidão e a pobreza uniram-no ainda mais a Petra Cotes. Amaranta Úrsula está na escola, enquanto Aureliano Babilônia brinca com minhocas e lê a enciclopédia da irmã.

Úrsula morre na quinta-feira santa. Pequena como um recém-nascido. A natureza estava diferente. Pássaros morrem. O calor sufoca. As memórias se esvaem. Talvez o mais lúcido seja José Arcádio. Agora, desfruta da companhia do pequeno Aureliano, já introduzido aos pergaminhos de Melquíades. 9 de agosto. José Arcádio morre, seguido de seu irmão gêmeo. Os corpos, colocados em ataúdes iguais, foram enterrados em túmulos trocados.

XVI. Pergaminhos de Melquíades

Sem Úrsula, nem Aureliano e nem José Arcádio Segundo, a casa resume-se a Fernanda, Santa Sofia de la Piedad e Aureliano Babilônia. Velha e cansada da vida de serviço, Sofia vai viver com uma prima em Riohacha. Estranho, porque ninguém nunca soubera de um parente vivo da mulher. Assim que saiu da casa, não se tornou a ter notícias dela.

De três, a casa passou a dois moradores: Aureliano, enclausurado no quarto estudando os pergaminhos de Melquíades e Fernanda, criando um mundo fantasioso nas cartas que trocava com os filhos. Porém, quando ela morre, após viver seus últimos anos no mundo de ‘sonhos perdidos’, seu filho, José Arcádio, volta a Macondo.

José Arcádio reforma o quarto de Meme e distrai-se com a companhia dos meninos do povoado. Chegaram até a achar o ouro que seu pai tanto procurara. Seu relacionamento com Aureliano também progrede. A solidão de ambos os afastam e os unem. Os mesmos meninos que o distraem são os responsáveis por sua morte. Afogado na banheira e pensando em Amaranta, morre José Arcádio. Aureliano, trancado no quarto de Melquíades, demora para perceber a morte de José Arcádio. Agora que começava a gostar dele!

XVII. Aureliano se apaixona pela tia

Aureliano não fica sozinho por muito tempo. Amaranta Úrsula volta para Macondo, acompanhada de Gastón, seu esposo. Ela fala da aldeia com gosto, nostalgia e carinho, de modo que seu marido não tem escapatória. Gastón achou que seria passageiro. Mas o passar do tempo revela que a situação seria duradoura.

Gastón tenta aproximar-se de Aureliano. Em vão. Retoma, então, sua ideia de “conceber um serviço de correio aéreo”. Enquanto isso, Aureliano, que agora já andava pelas ruas de Macondo e era cliente assíduo da livraria do sábio catalão, nutre uma paixão secreta por Amaranta Úrsula. Até se envolveu com Nigromanta, mas não foi suficiente para afogar os sentimentos pela tia. O azar no amor não impediu a sorte na amizade. Discutindo sobre baratas, conhece Álvaro, Germán, Afonso e Gabriel.

XVIII. Ciclos que se repetem

Aureliano gosta muito dos quatro amigos. Mas era de Gabriel que se sentia mais próximo. Era o único que acreditava quando ele falava do coronel, da matança no trem e da companhia bananeira. Sabia que era verdade, porque Gerineldo Márquez foi seu bisavô e amigo de armas.

Enquanto Gastón estava preocupado com seu aeroplano que não chegava, Amaranta via-se com tempo livre. Passa a frequentar o quartinho de Melquíades. Aureliano reaviva o sentimento que vinha cultivando por ela. Até que, no dia em que Amaranta corta o dedo em uma lata, chupa seu sangue com tanta avidez que extravasa todo seu amor. Toma um fora. 

Vai consolar-se no único colo que ainda lhe dava segurança: Pilar Ternera. Sua tataravó passava dos 140 anos, e não tinha um mistério dos Buendía que não soubesse desvendar. A história dessa família é marcada por ciclos repetidos e irreparáveis.

Aureliano volta para casa. Amaranta acaba de sair do banho. Naquela hora, resolve colocar todo seu amor em ação. Agarra-a e joga-a na cama. Em uma luta sem força, mas com ternura, Amaranta, enfim, cede.

XIX. Última estirpe dos Buendía

A história dos Buendia é marcada pela repetição, exceto a profecia final: “estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance sobre a terra”. Quem poderia imaginar? Melquíades. Tudo, absolutamente tudo constava nos seus manuscritos. A destruição contínua de Macondo. A morte de Petra Cotes. Os amigos de Aureliano Babilônia indo embora. O amor solitário compartilhado por sobrinho e tia: a última estirpe dos Buendía, com rabo de porco.

A partida do sábio catalão. O abandono de Macondo. Seu calor. Sua aridez. A memória que se deteriora da mesma maneira que se alimenta de nostalgias. A morte de Amaranta Úrsula após o parto.

Decifrando os pergaminhos, Aureliano, arrebatado por uma clarividência perturbadora, compreende o fim. “O primeiro da estirpe está amarrado a uma árvore e o último está sendo comido pelas formigas.” Não havia mais tempo. Como a batida de um martelo no tribunal anunciando a sentença, o último vento bíblico soprou Macondo da existência.


Ana Clara Marçal, jornalista graduada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós graduanda em Marketing pela USP/Esalq. Como estagiária, trabalhou na TV UEL e RICtv. Entre 2018 e 2021, participou do Grupo Gabo de Pesquisa. Hoje, atua como Analista de Comunicação em uma consultoria do agronegócio.

Bárbara Borowski, designer multidisciplinar com estudos em jornalismo e cinema. Seu trabalho recente inclui festivais como DocsMX, DocsValència e Fes! Film Festival Cinema i drets humanos, assim como revistas literárias e organizações não governamentais. Também trabalhou como ilustradora e criadora de conteúdo audiovisual. Atualmente colabora em projetos independentes, utilizando o design como ferramenta de impacto social.

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