A poética de Julio Cortázar
Revista Jornalismo & Ficção
atualizado 6 meses atrás
Além de uma vida interessante, o que surpreende em Cortázar é o modo de apresentar os seus textos. Sua percepção do mundo é o que transforma sua literatura em uma experiência memorável. Ele oferece uma forma diferente de leitura do texto, sem linearidade.
Gabriela Moura
Fora de todo tempo
espelhismos
ou amor
com cadeias
de esquecimento
inúteis
distantes
com flores
rituais
recintos
de luxos
jogos
distantes
com flores
de luxo
espelhismos
ou amor
rituais
recintos
inúteis
jogos
com cadeias
de esquecimento
de luxo
jogos
com cadeias
rituais
espelhismos
ou amor
recintos
distantes
inúteis
de esquecimento
com flores
recintos
rituais
ou amor
espelhismos
com flores
distantes
inúteis
de esquecimento
jogos
com cadeias
de luxo
Tradução por Alexandre Moraes
Julio Florencio Cortázar, nasceu na em Ixilles, na Bélgica, filho de pais argentinos, no dia 26 de agosto de 1914, e faleceu em Paris em 12 de fevereiro de 1984. O escritor teve uma carreira ativa na política e uma rica trajetória acadêmica. Viveu na Argentina dos 4 aos 37 anos. Decidiu sair da Argentina por descontentamento com a ditadura militar. Foi para Paris, e posteriormente obteve a nacionalidade francesa. Além de escritor, poeta e tradutor, Julio Cortázar tinha uma incrível capacidade de perceber aquilo que se olha, mas não se nota, a realidade fantástica.
Abaixo a produção do autor:
A outra margem (1945)
A casa tomada (1946)
Bestiário (1951)
Final do jogo (1956)
As armas secretas (1959)
Os prêmios (1960)
Histórias de cronópios e de famas (1962)
O jogo da amarelinha (1963)
Todos os fogos o fogo (1966)
A volta ao dia em oitenta mundos (1967)
62: modelo para armar (1968)
Último round (1968)
Prosa do observatório (1972)
Livro de Manuel (1973)
Octaedro (1974)
Silvalândia (1975)
Alguém que anda por aí (1977)
Um tal Lucas (1979)
Queremos tanto a Glenda (1980)
Desoras (1982)
Os autonautas da cosmopista (1983)
Salvo o crepúsculo (1984)
Gabriela Moura, estudante de jornalismo UEL.