Pesquisadores seniores acumulam experiências em décadas de pesquisas
CLCH
atualizado 6 meses atrás
Com mais de quarenta anos de experiência em estudos literários, Alamir Côrrea é o expoente de um ramo de profissionais imparáveis. Seu brilhantismo no Programa de Pós-Graduação em Letras UEL reúne, a cada semestre, centenas de alunos curiosos para a disciplina ” Morte na Literatura e nas Artes”. Mesmo após a aposentadoria, Côrrea manifesta à comunidade acadêmica sua intenção de permanecer integrado ao ensino, por meio do título de Pesquisador Sênior.
Igual a Alamir, há muitos outros. A instituição conta com 61 educadores nessa nobre condição, entre eles dez da Fundação Araucária (FA); 13 na modalidade DT (Desenvolvimento Tecnológico e Inovação); e 16 no sistema PQ-Sr (Produtividade em Pesquisa Sênior), do CNPq. Segundo o diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (ProPPG), Eduardo José de Almeida Araújo, tal índice tem um “significado muito forte” para UEL, visto que mostra para todo o Brasil a produção científica desenvolvida em Londrina, além de estreitar relações com órgãos federais de fomento, como no caso do CNPq.
No caso de Côrrea, bolsista pela FA, o valor de R$ 1875,00 mensais segue de incentivo para a manutenção de seu projeto em eventos e palestras. Enraizado em duas linhas de pesquisa, a citar, a produção literária digital e a presença do luto na literatura contemporânea, o estudo contribui de forma relevante na desmitificação da finitude da vida.
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Com um vasto repertório que se articula através dos escritos de Dias Gomes, Shakespeare, Lygia Fagundes Telles, Drummond, Graciliano Ramos, entre outros, o pesquisador cativa a atenção de estudantes espalhados pelo país. Como norte de sua jornada, o trabalho fez com que ressignificasse o conceito de velhice advindo do senso comum para uma noção mais pessoal de “fechamento de estrada”.
Foi pensando em valorizar histórias como a de Côrrea que o último edital do Programa de Bolsa Sênior da UEL, lançado em 2023, estabeleceu um retorno econômico aos candidatos. Além do título de pesquisador sênior, o aprovado ganha um estímulo de R$ 1875,00 mensais com vigência de até 48 meses para manter sua obra ativa na aposentadoria.
Mulheres na pesquisa
Representando o poder das mulheres na pesquisa, as professoras Cássia Carloto e Lúcia Takahashi prometem inovação nas áreas de serviço social e agronomia, respectivamente. Bolsista-produtividade do CNPq há quatro anos, Carloto desenvolve sua tese sob o crivo da luta de gênero. Sua observação intitulada de “Cuidados e uso do tempo no trabalho com idosos dependentes entre as famílias em situação de pobreza” instiga a sociedade civil a questionar o papel da mulher enquanto zeladora do lar.
Por meio da remuneração de pesquisadora sênior, ela orienta seus estudantes a elaborarem um posicionamento mais crítico da realidade. Já no campo das Ciências Agrárias, o destaque fica por conta de Takahashi. A professora sênior especialista em “Produção e Tecnologia de Sementes” reúne todos os anos entusiastas em Fitotecnia. Membro editorial da Revista Semina, de 2011 a 2022, ela é reconhecida na UEL
por sua dedicação ao conhecimento.
Através da qualificação de sênior, tais cientistas têm seu esforço legitimado perante aos pares. Assim, muitos permanecem nas carreiras e obtêm melhoras significativas a mazelas sociais.
Confira na íntegra a reportagem completa pelo site O Perobal.