O estudo das espécies de anfíbios e répteis desempenha um papel fundamental na compreensão dos ecossistemas e na conservação da biodiversidade. A utilização da presença ou ausência da herpetofauna em seus habitats servem como bioindicadores de desequilíbrio ecológico e mudanças climáticas, servindo como um alerta natural sobre a situação de diferentes biomas. Estudos demonstram que o grupo dos anfíbios e répteis passam por um declínio populacional e consequentemente são mais ameaçados em maior grau do que outros grupos de vertebrados. Há muitos fatores que contribuem para o declínio das espécies da herpetofauna, como por exemplo perda e alteração de habitat, doenças infecciosas emergentes, mudanças climáticas, contaminação química e introdução de espécies exóticas. Estudos comprovam que a introdução de espécies exóticas leva a diminuição na abundância de anfíbios e répteis e um possível declínio populacional, deslocamento ou extinção local, contribuindo para a diminuição ou extinção destes animais ao redor do mundo. A definição e execução de métodos de amostragem da herpetofauna serão abordados no presente minicurso, além do estado de conhecimento dos anfíbios e répteis no Brasil, o entendimento da influência negativa de espécies exóticas na herpetofauna, métodos de identificação e análise de anfíbios e répteis em campo e laboratório e utilização de dados ecológicos da herpetofauna para indicação de condições ambientais. Aprofundar o conhecimento sobre a herpetologia contribui para a compreensão dos processos ecológicos e promove a preservação da diversidade biológica em nossos ecossistemas.
Minicurso 07 – Introdução à Herpetologia Brasileira e a Influência de Espécies Exóticas neste Grupo
