Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss: O Espaço da Memória

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Os trilhos deram o espaço para a história: antes o local era estação de passageiros, mas partir de 1986 o prédio da antiga ferroviária de Londrina passou a sediar o Museu Histórico “Padre Carlos Weiss”, da UEL, que trocou os porões do Colégio Estadual Hugo Simas para ocupar o imponente edifício cedido pela prefeitura à Universidade. Desde então, o espaço da história ocupa 2.670,10 m2 de área construída – localizado num espaço de 11.973,209 m2 na região central da cidade, cercado de jardim com plantas da mata nativa e outras representativas dos vários continentes, além de pés de café documentando o passado da cidade que já foi a capital mundial do “ouro verde”.

Em casa nova, o Museu iniciou um novo tempo para contar a história londrinense, que hoje reúne perto de 300 mil peças entre fotografias, documentos e objetivos. A exposição de longa duração valoriza a memória não somente local, mas de várias regiões do país, apresentando uma perspectiva de história cotidiana. As exposições temporárias permitem a apresentação de outras coleções e peças do acervo do Museu e de outras instituições, promovendo dinâmica abordagem de outros temas de interesse geral. Além de visitantes das exposições (que registram expressivos 30 mil visitantes ao ano), o Museu, como principal centro de memória e região, recebe grande número de pesquisadores que encontram na documentação escrita, imagética e tridimensional, fontes preciosas para seus estudos.

O Museu conta com a contribuição da Associação dos Amigos do Museu (ASAM), formada de pioneiros e seus descendentes, amigos e voluntários que prestam um importante serviço a este órgão suplementar da UEL que é vinculado ao Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH).

Fundador – Criado em 1970 pelo padre Carlos Weiss – alemão de Colônia, nascido em 1910, radicado no Brasil em 1935 – com apoio do Departamento de História da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina, onde lecionava, o Museu foi dirigido por ele da fundação até sua morte, em 1976. Mais tarde, o Conselho Universitário da UEL deu seu nome ao Museu Histórico da UEL para homenagear esse professor titular de História Antiga e Medieval que trouxe para a Instituição seus conhecimentos adquiridos nos bancos universitários da Alemanha e Áustria, além de sua vivência na Europa.

O texto está citado na lista de referências como REVISTA UEL (2011).