ST’s
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ST 1: CONFISSÃO COMO ARMA DE DEFESA: FEMINICÍDIO E A INFLUÊNCIA SOBRE PERCEPCÇÕES JURÍDICAS E SOCIAIS
EMENTA:
A Confissão como Arma de Defesa: Feminicídio e a Influência sobre Percepções Jurídicas e Sociais” propõe uma análise crítica das implicações da confissão do feminicida como estratégia de defesa e sua influência no julgamento e na percepção social desses crimes. Este ST busca agregar pesquisas e experiências que abordem como as confissões afetam a compreensão da violência de gênero, questionando as narrativas jurídicas que, muitas vezes, minimizam a gravidade do feminicídio. Nosso objetivo é discutir as repercussões sociais e jurídicas da confissão, explorando como essa prática pode perpetuar estereótipos de gênero, reforçar o patriarcado e influenciar decisões judiciais. Pretendemos reunir investigações que abordem a relação entre a confissão, a culpabilização das vítimas e a (in)visibilidade das verdadeiras causas estruturais do feminicídio. Além disso, discutiremos as consequências dessas confissões no imaginário coletivo e nas práticas jurídicas, contribuindo para o entendimento da interseção entre gênero, poder e justiça nas diversas realidades sociais.
ST 2: FEMINICÍDIO E INTERSECCIONALIDADE
EMENTA:
Este Simpósio Temático busca discutir como diferentes desigualdades e discriminações sociais, como raça, classe e sexualidade, interagem para moldar as experiências de violência de gênero e o feminicídio. Partindo de uma perspectiva crítica, o ST visa explorar as maneiras pelas quais o feminicídio pode ser compreendido não apenas como um ato isolado de violência, mas como uma manifestação extrema de estruturas de poder e opressão que operam em múltiplos níveis. Serão abordados temas como as desigualdades raciais no contexto do feminicídio, a marginalização de mulheres LGBTQIA+ e as implicações políticas e sociais das respostas institucionais a esses crimes. Espera-se que as discussões contribuam para uma compreensão mais complexa e nuançada do feminicídio, informando estratégias de prevenção e enfrentamento que levem em conta as trajetórias individuais das mulheres vítimas de feminicídio e a necessidade de uma justiça social que enfrente as múltiplas dimensões da opressão de gênero.
ST 3: ANÁLISES SOBRE O FEMINICÍDIO NA IMPRENSA E NO AUDIOVISUAL
EMENTA:
O simpósio temático “Análises sobre o feminicídio na Imprensa e no audiovisual” tem por objetivo abrir um espaço de apresentações e de debates sobre trabalhos teóricos e empíricos acerca do tema do feminicídio, tendo em vista abordagens voltadas para as análises sobre as coberturas na imprensa brasileira e produções em mídias audiovisuais, no Brasil ou em outros contextos internacionais, sobre o fenômeno do feminicídio. Estimulamos as apresentações de trabalhos que abordem o feminicídio em relação à linguagem utilizada na cobertura de casos de feminicídios consumado ou tentado; que analisem de que forma o tratamento da imprensa à violência reitera concepções de gênero que colaboram para a culpabilização da vítima; que analisem produções audiovisuais sobre casos de feminicídios. Serão acolhidas, portanto, as propostas de abordagem do feminicídio em sua relação com a cultura, a política e as instituições, a partir de múltiplas perspectivas e conhecimentos interdisciplinares.
ST 4: O QUE CONTAMOS QUANDO CLASSIFICAMOS UM FEMINICÍDIO? DESAFIOS E ALTERNATIVAS NO MONITORAMENTO E CLASSIFICAÇÃO
EMENTA:
O feminicídio, enquanto expressão mais extrema da violência de gênero, exige uma análise crítica e inovadora para ampliar a compreensão do fenômeno e a produção de dados. Este simpósio temático reúne especialistas para debater os desafios na classificação de feminicídios e explorar estratégias alternativas de monitoramento, especialmente no contexto da produção de dados não estatais. Focando na invisibilidade de certas mortes violentas intencionais de meninas e de mulheres e na importância dos dados e dos “contradados”, o simpósio discutirá as possibilidades e os limites das diversas fontes de registro e mensuração de feminicídios consumados e tentados. Incentiva-se também a proposição de trabalhos que discutam os filtros sociais e institucionais que afetam a identificação de feminicídios, as limitações dos dados oficiais e as propostas para aprimorar a visibilidade de vítimas de grupos vulneráveis, como mulheres indígenas, trans e envolvidas no comércio de drogas ilícitas. O objetivo é avançar na produção de dados de qualidade e na formulação de respostas mais eficazes para o enfrentamento do feminicídio. Os trabalhos propostos podem ser resultados de pesquisa, de extensão, de gestão e de ativismo.
ST 5: FEMINICÍDIOS E OUTRAS VIOLÊNCIAS: NARATIVAS SOBRE MULHERES DE COMUNIDADES TRADICIONAIS E URBANAS
EMENTA:
Este simpósio temático pretende propiciar um espaço de escuta e diálogo entre pesquisadoras/es de diferentes áreas do conhecimento, que se dedicam a esquadrinhar narrativas sobre a violência pervasiva presente na trajetória de vida de mulheres de populações tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhas, marisqueiras etc.), alvos do crescente desmonte e esvaziamento de/nas políticas públicas, de diversas formas de violência, seja na esfera doméstico-familiar, individual, seja na violência institucionalizada que lhes nega o acesso à cidadania e aos direitos humanos, colocando-as na mira de “armas” que ancoram pautas e discursos antigênero, racistas, misóginos, classistas e ultraconservadores. Não é por acaso que os indicadores sobre feminicídios e violências tipificadas contra meninas e mulheres (cis e trans) atingem índices alarmantes, mesmo quando as metodologias, as análises e os cruzamentos de fontes são incompletos. Os feminicídios são pontas do “novelo” de um labirinto que revela a extensão da cultura machista e racista que oprime, violenta e mata silenciosa e dissimuladamente as mulheres do campo, das águas e das florestas.
ST 6: PSICOLOGIA, VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E FEMINICÍDIO
EMENTA:
Em 2023 foram contabilizadas pelo Fórum de Segurança Pública (2024) 1.467 casos de feminicídio consumados e 2.797 de casos tentados, sendo a morte por motivos de gênero uma das maiores causas de morte de mulheres no Brasil. A psicologia é uma ciência que possui compromisso ético com a proteção dos direitos humanos (Conselho Federal de Psicologia, 2005), se comprometendo a atuar no enfrentamento da violência de gênero, agindo como um dos pilares na rede de proteção da mulher (CFP, 2023). Desde leituras sobre o fenômeno e a compreensão da violência contra a mulher e o feminicídio, até o acolhimento dessas sobreviventes e de seus órfãos e intervenções com homens perpetradores de violência, a psicologia se coloca como ciência versátil, podendo atuar de diversas formas. Este simpósio temático tem como objetivo compartilhar estudos, pesquisas e as ações que a psicologia vem produzindo em relação a temática da violência contra a mulher, as limitações da área e o fenômeno do feminicídio.
ST 7: INCIDÊNCIA POLÍTICA COM DADOS: EXPERIÊNCIAS E ABORDAGENS SOBRE AS LUTAS CONTRA O FEMINICÍDIO
EMENTA:
Feminicídios são os assassinatos de meninas e mulheres cis e transgênero por conta de seu gênero. Ao redor do mundo, incluindo a América Latina e o Caribe, diversas iniciativas locais e transnacionais lideradas por ativistas e organizações da sociedade civil desafiam a ausência de dados governamentais, produzindo informações sobre feminicídios que, sem esses projetos, poderiam passar despercebidas. A produção de dados por essas iniciativas tem objetivos diversos que vão além da coleta de dados. Entre eles estão a incidência governamental, a erradicação da violência, a preservação da memória e a busca por justiça para as vítimas de feminicídio e suas famílias. Este simpósio temático convida essas iniciativas a compartilharem seus saberes. Convidamos ativistas, acadêmicas, jornalistas e outras profissionais para se reunirem e compartilharem suas abordagens teóricas e profissionais, bem como suas experiências na produção de dados e na incidência política sobre feminicídios. Esperamos que este simpósio reúna investigações sobre feminicídios, experiências culturais, artísticas, e iniciativas institucionais e de rua, que demonstrem as maneiras criativas e potentes com que os dados são utilizados pelas ativistas na luta contra o feminicídio.
ST 8: ANÁLISE DE DISCURSOS DE RÉUS (OU DE AGRESSORES) DE CASOS DE FEMINICÍDIOS (OU DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA)
EMENTA:
“Mas por que as mulheres têm uma lei exclusiva para protegê-las? Homem morre muito mais do que mulher, mas não existe uma Lei do Masculinicídio”. À proporção que esse questionamento ecoa muitos discursos e modos de perceber os fenômenos sociais, posterga-se indagar e combater por que as mulheres, mesmo em dosagem menor do que os homens, são mortas pelo exclusivo fato de serem mulheres e por sequela de uma sociedade com estruturação, ideologias, funcionamentos e dinâmicas segregantes e sexistas. Como podemos constatar, com base em pesquisas sobre o tema, a mulher é morta porque é mulher, mas o homem não é morto porque é homem. Pelo contrário, o homem mata porque é homem, e aí estão abrangidas as noções de hierarquia, de autoridade, de superioridade, de domínio e de liderança masculinas – que os próprios homens determinaram. Também é inegável o aumento de casos de feminicídio e de violência de gênero, que, de tempos em tempos, reconhece diferentes formatos de ocorrência. Nesse simpósio, buscamos trabalhos que têm como foco o uso do discurso do homem para discriminar, menosprezar, inferiorizar, atacar, hostilizar e desmoralizar a vida feminina; que atuam pela disseminação de discurso de ódio e de intolerância, estabelecendo arranjos de poder com base no gênero e promovendo o controle mediante a anulação da mulher. Assim, nosso simpósio interessa-se pelo momento em que o homem emprega a linguagem como artifício de fomento ao machismo e como canal para a efetivação de seu comportamento culturalmente sexista, direcionado para justificar seus atos, minimizá-los ou transferir para a vítima a culpa pelo crime.
REGRAS DE SUBMISSÃO DE TRABALHOS PARA OS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS:
Submissão de trabalhos até 30/09!
- A titulação mínima exigida para a submissão de propostas de apresentação de trabalho como autoras/res é a de graduação completa. No caso de graduandas ou graduandos, a submissão é permitida desde que a autora principal seja a orientadora ou o autor principal seja o orientador.
- Cada participante pode submeter 2 (duas) propostas de trabalho, sendo 1 (uma) como autora ou autor principal e outra como co-autora ou co-autor, desde que haja garantia de que a autora ou o autor principal estará presente para apresentar o trabalho.
- Cada proposta de trabalho pode ter, no total, 4 (quatro) autores/as: 1 (um) principal e até 3 (três) co-autores/as. Todos/as deverão, no mínimo, estar cursando a graduação ou ter graduação completa.
Serão solicitados no corpo do resumo expandido:
1. Título proposto em português;
2. Cinco palavras-chave em português, separadas por vírgula, letras minúsculas
3. Nome completo, instituição das/dos autoras/res principais e das/dos co-autoras/res (se houver) e agência de fomento à pesquisa (se houver);
4. Resumo expandido de até 9.000 caracteres (incluindo espaços), apresentando o objeto da pesquisa, objetivos, metodologia ou forma de abordagem do problema, principais resultados, e referências bibliográficas;
5. Os resumos expandidos submetidos devem ser em formato Word;
6. Os resumos expandidos devem ser submetidos por meio da plataforma online disponível no site oficial do evento, selecionando o Simpósio Temático (ST) de sua preferência.
7. O arquivo enviado deve seguir o template/modelo (disponível em nosso site, na aba “Editais”)
ATENÇÃO!
- O resultado será divulgado via e-mail das/dos proponentes de ST no dia 10 de outubro de 2024.
- O pagamento da inscrição de participantes (autores e coautores) com trabalho aprovado no evento deverá ser efetivado até 15 de outubro de 2024; caso não o faça poderá ser considerado desistente.