A festividade dedicada aos mortos
Revista Jornalismo & Ficção
atualizado 1 ano atrás

A maneira como o povo mexicano celebra o reencontro com seus mortos é encantada e outorga identidade cultural, união entre parentes e vizinhos, com data marcada entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro.
Texto e imagens Bárbara Borowski
É uma festa bonita de se ver. A UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – a declarou como patrimônio da Humanidade.
Festejos, flores, músicas, tapetes decorativos, comidas e muitos doces, em formato de caveira, alegram a festança dos mortos por todo o país. Nas casas, as pessoas também montam altares e fazem oferendas aos seus ancestrais, incluindo suas refeições favoritas.
No Zócalo, centro histórico e praça principal da Cidade do México, desfilam as mais incríveis representações da morte. Catrina, a figura esbelta de chapéu, se destaca na multidão. Nascida de uma gravura de José Guadalupe Posada, La Catrina é uma dama da alta sociedade, que lembra que as diferenças sociais não significam nada diante da morte.
Este ano a celebração foi um pouco diferente: as fantasias ganharam o adereço das máscaras contra a Covid-19. Foi também a primeira aglomeração popular desde o início da pandemia. A grande oferenda ao Dia dos Mortos reuniu mais de 800 mil pessoas no coração da capital reativando as atividades econômicas e culturais.






Bárbara Borowski, designer multidisciplinar com estudos em jornalismo e cinema. Seu trabalho recente inclui festivais como DocsMX, DocsValència e Fes! Film Festival Cinema i drets humanos, assim como revistas literárias e organizações não governamentais. Também trabalhou como ilustradora e criadora de conteúdo audiovisual. Atualmente colabora em projetos independentes, utilizando o design como ferramenta de impacto social.