Fab.i HU registra patente de tecnologia para tratar linfedema pós-mastectomia
Assessoria de Comunicação HU
atualizado 1 semana atrás
O Laboratório de P&D e Fabricação Digital do HU-UEL (Fab.i HU) registrou uma nova patente: “Fibroplaca de compressão terapêutica para quebra de fibrose”. O procedimento foi realizado através da Agência de Inovação Tecnológica (AINTEC) junto ao INPI, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual em nome da Universidade Estadual de Londrina.
O produto foi desenvolvido com tecnologia de impressão 3D para melhorar a eficácia do tratamento conservador de linfedema crônico pós-mastectomia sobre as áreas de fibrose. O linfedema é uma das principais sequelas decorrentes do tratamento cirúrgico do câncer de mama, e ocorre quando há uma manifestação patológica do sistema linfático. É uma alteração de difícil tratamento e pode ocasionar um processo inflamatório crônico com fibrose (espessamento e endurecimento), aumento do volume do braço, alterações de pele e sensibilidade, entre outros sintomas que podem implicar em prejuízos psicossociais para a paciente, como redução da autoestima e problemas com aceitabilidade social.
O desenvolvimento
Para auxiliar no tratamento desta alteração o Fab.i desenvolveu uma placa cujo relevo, quando pressionado sobre a lesão, promove a quebra do tecido fibrótico, melhorando a drenagem e a circulação linfática no membro afetado. O produto foi testado durante 12 semanas em uma paciente com linfedema crônico no membro superior esquerdo, pós-mastectomia e com extensa área de fibrose na região do antebraço. Os resultados mostraram uma redução do volume do membro e da área de fibrose, somando-se ao tratamento fisioterápico conservador já existente.
“Braço mais leve, pele menos esticada e região mais amolecida ao toque”, relata uma paciente após os testes.
O produto foi idealizado pela docente do departamento de Fisioterapia/CCS/UEL, Ana Paula de Melo Ferreira juntamente com a equipe do Fab.i HU, responsável pelo desenvolvimento e prototipação, os docentes Cláudio Pereira de Sampaio/CECA/UEL e Sonia Fabris/CCS/UEL e os bolsistas Lucas Maiola Astolfo, Tiffany Maria Pimenta Silva e José Antonio Vicentin.
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Inovação
A placa pode ser produzida por meio de impressão 3D ou injeção plástica, atendendo assim à demanda do mercado interno e externo, o que reafirma a importância do registro de patente que garante à UEL, o reconhecimento e os direitos de propriedade.
Para a docente Sonia Fabris o processo de desenvolvimento e patenteamento deste produto é significativo, pois representa a consolidação do HU-UEL como uma instituição hospitalar com visão contemporânea e inovadora, e um importante Centro de Inovação na área da saúde pública do estado do Paraná.
“Representa a consolidação de todo o trabalho que o Fab.i HU, vem desenvolvendo nos últimos anos tendo como base a pesquisa científica, tecnológica, inovação na área de saúde em cooperação com a Assessoria de Inovação, com o setor acadêmico e as parcerias público/privadas que nos possibilita e capacita cada vez mais à gerar, aplicar e disseminar conhecimentos em P&D e Fabricação digital em áreas correlatas, em benefício da saúde pública”, afirma a docente.
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