UEL apresenta projetos e ações no Londrina Mais, da Prefeitura de Londrina

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atualizado 1 ano atrás


A Universidade Estadual de Londrina marca presença em um dos maiores eventos educacionais do Sul do Brasil, que é realizado entre os dias 17 e 19 de agosto, no Parque de Exposições Governador Ney Braga. Promovido pela Prefeitura de Londrina, via Secretaria de Educação, a sexta edição da “Londrina Mais” destaca projetos das escolas da rede municipal, além de contar com apresentações esportivas e culturais e 25 palestras gratuitas em sua programação, atraindo milhares de alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, familiares, professores e a população em geral. 

Buscando demonstrar aos visitantes os processos geológicos registrados nos últimos 200 milhões de anos na Terra, estudantes e docentes da UEL trouxeram ao evento parte do material do Museu de Geologia e do Laboratório de Geomática, pertencentes ao Departamento de Geologia e Geomática do Centro de Ciências Exatas (CCE). O estande da Geologia também conta com uma presença muito especial do presidente da Sociedade Brasileira de Geologia (Sbgeo), o docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Carlos Eduardo Mesquita.

No estande, localizado no Pavilhão Internacional, os alunos poderão aprender um pouco mais sobre o processo de formação geológica da Terra, tendo contato com exemplares de minerais que compõem o solo, como o belíssimo Quartzo Lilás. Com suas cores vivas, chamou bastante atenção das crianças, como a pequena Helena Moreira, 5, aluna do Colégio Municipal Carlos Kraemer (Zona Leste de Londrina), que visitou a feira com a mãe, a professora Dayana Moreira. 

Helena Moreira, de 5 anos, matou a curiosidade ao conferir a composição das rochas no estande da UEL (Fotos: André Ridão/Agência UEL).

A visita ao estande coordenado pelo professor do Departamento de Geologia e Geomática (CCE) da UEL José Paulo Peccinini Pinese é uma verdadeira aula sobre a história do estado do Paraná a partir das características das suas rochas e dos seus solos. Em um mapa interativo, os alunos dão o caminho das pedras: é possível perceber a predominância do basalto, rocha de origem vulcânica predominante nas regiões Norte e Oeste, e cuja riqueza em nutrientes ajudou a fomentar o desenvolvimento da agricultura paranaense.

O docente da UEL José Paulo Peccinini Pinese coordena o estande da Geologia no evento, que vai até o dia 19 de agosto, no Parque Ney Braga.

“A ideia é incentivar os professores e mostrar às crianças essa evolução mineralógica das rochas da região, do processo gerador do solo. Como se verifica no mapa, dois terços do estado são constituídos geologicamente pelo basalto, que dá origem ao Latossolo e Nitossolo, e que cuja composição vermelha está relacionada à disponibilidade de ferro”. José Paulo Peccini Pinese, professor do Departamento de Geociências.

Já com a ajuda de um microscópio especial, os alunos podem ver em detalhes da trama de minerais das rochas basálticas. “Esse processo é muito rápido e os cristais não são grandes. Para que enxerguemos melhor a sua trama, a sua composição, o tipo, nós fazemos uma lâmina delgada e olhamos em um microscópio petrográfico para verificarmos melhor os minerais, que, quando alterados, vão gerar o nosso solo”, explica Pinese.

Além disso, a visita ao estande ainda conta com uma explicação sobre as classes de solos, guiada pela mestranda Ana Carolina da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeo). Além dela, participam da feira os graduandos em Geografia Pedro Mafort e da Engenharia Civil Vinicius Ricci. 

Alunos da rede municipal de educação de Londrina têm contato com as classes e amostras dos solos.

Geologia

Já a presença do professor Carlos Eduardo Mesquita, do único curso de graduação em Geologia do Paraná, decorre do movimento da diretoria da Sociedade Brasileira de Geologia em apoiar a criação de um curso de graduação em Geologia no interior do estado. Em 2022, a UEL aprovou a criação do seu Departamento de Geologia, medida que caminha neste sentido.

“Um novo curso de Geologia é muito importante para o Paraná. No nosso estado vizinho, São Paulo, são três cursos estaduais e um particular, em Santos”, diz. “Precisamos de geólogos no Brasil que irão trabalhar na gestão de recursos naturais, minerais, água subterrânea, petróleo e gás, risco geológico, geologia aplicada à engenharia. Hoje, o pessoal está começando a trabalhar com geologia forense. A nossa área é muito ampla.”

O docente da UFPR Carlos Eduardo Mesquita integra a equipe na Londrina Mais.

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