UM RELATO SOBRE AS METODOLOGIAS EMPREGADAS NA PESQUISA INTITULADA “A CONSTRUÇÃO DE UMA NATUREZA EM UM LABORATÓRIO DE PESQUISA UNIVERSITÁRIO”
Por Marcelo de Carvalho
atualizado 3 anos atrás
Introdução
É com imenso prazer que compartilho com vocês, companheiros de jornada do GRUPO DE ESTUDOS CULTURAIS DA CIÊNCIA E EDUCAÇÃO (GECCE), um breve relato dos desafios metodológicos, enfrentados por mim, durante a idealização e o desenvolvimento da minha tese, defendida no ano de 2015.
Quando do convite para (d)escrever este relato da “minha” experiência, entendi que o objetivo principal é o compartilhamento, em termos metodológicos, da maneira como desenvolvi a minha pesquisa, para que, se assim quiserem, se some às discussões do grupo, a fim de ampliar as possibilidades de se pesquisar as contingências mundanas pela perspectiva dos Estudos Culturais e/ou da Etnografia e/ou da Teoria Ator-Rede (TAR).
Saliento que as linhas que estão por vir, de forma alguma, deverão ser entendidas como uma receita salvacionista para o desenvolvimento dos vossos trabalhos. Quiçá, poderão servir como um sopro de inspiração.
Referenciais metodológicos norteadores da pesquisa
Com o consentimento dos pesquisadores do Laboratório de Biodiversidade e Restauração de Ecossistemas (LABRE/CCB/UEL), a pesquisa foi desenvolvida nas dependências do referido laboratório e em uma área degradada próxima à fazenda escola da UEL. Em ambos os locais, sob a responsabilidade dos pesquisadores do LABRE, entre os anos de 2012 e 2013, foram desenvolvidos técnicas e experimentos que tinham e têm por objetivo a restauração de ambientes degradados.
Por motivos óbvios, aqui, não me debruçarei em fundamentar os meus referenciais metodológicos, pois certamente não é o propósito deste texto e tenho certeza de que esse aprofundamento é uma das finalidades do GECCE. Devido à singularidade do meu trabalho, optei, mesmo que brevemente, por relatar, principalmente, as consequências de tais opções para mim e para o trabalho, pois julgo que essas ponderações poderão contribuir para o amadurecimento das atuais pesquisas desenvolvidas pelo grupo.
De antemão, anuncio que a pesquisa consistiu em dois aportes metodológicos que se materializaram de maneira contingente. O primeiro diz respeito à Etnografia Pós-Moderna (GEERTZ, 1997), a qual serviu para orientar a idealização de como acompanhar e registrar a dinâmica, na maior parte do tempo errática, dos pesquisadores e dos próprios experimentos no campo e no laboratório. O segundo foi a Teoria Ator-Rede, que, genericamente, atribui-se a Bruno Latour (2012). Essa teoria foi extremamente importante para me ajudar a dar sentido à complexa rede de relações contingentes estabelecidas pelos pesquisadores e os demais humanos e não humanos que se somaram ao longo do trabalho no campo e no próprio LABRE. Como exemplo, cito o processo pedagogizante como um dos aspectos resultante da performance entre humanos e não humanos, que se vascularizou pela rede de atores, do início ao fim dos experimentos.
Etnografia pós-moderna, teoria ator-rede e algumas implicações para a tese
Conforme anunciado, optei por dar ênfase às implicações oriundas das escolhas que fiz para o desenvolvimento da pesquisa. Esse destaque tem por intento alertá-los de que seja qual for a metodologia utilizada por vocês nas suas pesquisas, ela certamente exigirá atenção para as suas consequências, sendo, uma delas, a exteriorização daquilo que chamamos de realidade, por uma perspectiva dos seus referenciais, ou seja, muito particular. Claramente que esse apontamento também se aplica aos referenciais teóricos. Tal constatação implica, sobretudo, para nós, sectários dos estudos culturais, a necessidade de direcionarmos as nossas análises para as idiossincrasias do campo, evitando, assim, perigosas ou demasiadas generalizações ou regularidades de uma realidade totalitária e, portanto, assimétrica.
No caso da minha tese, a partir de agora, relatarei um pouco essas implicações. Estando no campo, já com a incumbência de iniciar as observações e os registros, lembro-me de que, durante as conversas iniciais de orientação, a minha principal preocupação era estabelecer um problema de pesquisa, o mais rápido possível, pois, sem ele, me via impotente para realizar o trabalho. Creio que, para o entendimento das consequências de ter optado pela utilização da etnografia pós-moderna para a pesquisa, valha a pena pontuar que, antes de iniciar as idas ao campo investigado, a primeira proposta de pergunta-chave para o desenvolvimento do trabalho foi: “Quais são as estratégias utilizadas pelos pesquisadores do laboratório, alvo da pesquisa, para a construção de uma “natureza”?
Após as várias idas ao campo, já de posse dos referenciais metodológicos e teóricos, minimamente, fundamentados e, também, como um dos desdobramentos das orientações, passei a entender a referida pergunta não mais como definitiva, pronta, estabelecida, mas sim como algo inicial, uma especulação que teve por objetivo me incitar a continuar pensando acerca do estabelecimento de um problema que eu pudesse considerar menos provisório, volátil.
Com base nos pressupostos da etnografia pós-moderna, para a qual a pergunta deve ser constantemente revisitada, a fim de tentar acompanhar as exigências teóricas e metodológicas oriundas das contingências do campo investigado, e não de algo estabelecido a priori, passei a aceitar essa condição provisória da pergunta. Partindo dessa premissa, entendi o processo de construção da minha pergunta-chave como um necessário e constante exercício intelectual. Essa intelectualidade deve ser entendida, aqui, não mais oriunda somente das minhas leituras, mas, também, atravessada pelas minhas subjetividades.
Vejam, optei por um termo que faz referência ao intelecto e que é diferente da razão. Tomei esse cuidado, visto que o meu referencial teórico, Bruno Latour, nas suas obras, entre outras coisas, questiona a racionalidade e a objetividade, principalmente, da ciência. Vejam, às vezes, uma palavra mal utilizada pode conduzir o leitor menos atento ou aquele mais crítico (como um membro da sua banca) a pensar algo bem diferente daquilo que você pensou ou ambicionou explicar. Apesar de parecer uma afirmação trivial, o que dá sentido ou existência ao mundo é a linguagem. Portanto, a forma de fundamentar esse “sentido”, deve apresentar uma coerência com o corpo metodológico e/ou teórico do trabalho!
Com tal afirmação, estaria Eu, então, pressupondo uma estrutura, ou seja, uma relação de causa e efeito? Creio que não, pois enxergo esse necessário zelo semântico como fruto de conexões entre humanos e humanos, que acabam por dar a possibilidade de propor que um artefato seja, quem sabe, alçado a uma condição epistêmica e/ou ontológica em um fato. Para tanto, temos que, minimamente, convencer uma banca da plausibilidade das nossas análises e dos nossos resultados.
Voltando à etnografia pós-moderna, durante as minhas idas e vindas com relação à minha pergunta-chave, entendi essa primeira proposta como uma possível consequência, por exemplo, da minha formação de biólogo exacerbadamente epistemológica, a qual, inicialmente, me conduziu a estabelecer um problema ainda com base e/ou preocupações essencialistas, pois, ao tentar investigar as estratégias utilizadas pelos pesquisadores do LABRE, me remeti a uma condição de pesquisa e de pesquisador que reconhece a natureza investigada não como pré-existente, o que naquele momento considerei como um aspecto extremamente importante. No entanto, ao tentar investigar as estratégias dos pesquisadores, percebi que estava em busca de uma suposta racionalidade, intencionalidade, objetividade como pano de fundo dessas ações, pressupondo-as como previamente estabelecidas. Concomitantemente a essa interpretação, me vi, também, negando as incongruências, os jogos de poder, as incertezas, as subjetividades, os interesses dos pesquisadores e de todos aqueles que acabaram se envolvendo em momentos distintos do trabalho e as contingências oriundas da relação estabelecida entre mim e o campo pesquisado.
Como consequência de todo esse processo, inicialmente me reconheci ainda sob a égide racionalista e, por consequência das contingências do trabalho, paulatinamente me movimentei em termos metodológico e teórico para uma condição questionadora desta suposta racionalidade. Esse movimento foi bastante doloroso!
Em vista dessa mudança, a pergunta inicial foi, ao longo do trabalho, sendo constantemente (re)significada e acabei, principalmente pela questão cronológica para o desenvolvimento da Tese, por re(definir) o problema da minha pesquisa não mais em apenas uma, mas duas perguntas, as quais foram: “Partindo de um ambiente, ecologicamente definido como degradado, como os pesquisadores do LABRE constroem, durante o processo de restauração, uma natureza, considerando as suas competências teórico-metodológicas, as suas subjetividades e as contingências do campo?”; “Esse processo contingente de construção de uma natureza também pedagogiza?” A segunda pergunta surgiu pela contingência de, naquele momento, fazer parte de um programa de ensino e educação. Essas áreas do conhecimento, por óbvio, acabam, na maior parte das vezes, por estabelecerem um quadro de referência, a priori, para os trabalhos desenvolvidos no programa.
Decerto que, para a área dos estudos culturais, em que fazemos uso de autores que nos alertam para os perigos da modernidade e do estruturalismo, começar os vossos trabalhos, assim como tive que começar o meu, por marcadores epistêmicos, deva ser um ponto a ser vigiado pelo grupo, porque acaba por estabelecer uma inerência para trabalhos.
Bem, preciso voltar para o texto! Travestido de pesquisador e municiado de todo esse aporte necessário para realizar uma pesquisa, fui para o campo determinado a procurar e, de preferência, achar o mais breve possível o meu lugar de etnógrafo da ciência. “Ciente” das minhas subjetividades como pesquisador, embebido de teoria e de metodologia, me aventurei a observar, registrar, narrar, descrever e analisar o que vi no campo, mas sem desconsiderar a maneira como permiti, interessadamente, a sua influência e, também, de influenciá-lo. Como resultado dessa troca, obtive aquilo que considerei como uma “oferenda”, a qual não pode ser entendida ou marcada pela acepção mais tradicional intitulada de “dados”, os quais, assim pensados, se apresentariam à minha consciência, forjados por todo um processo racional e passível de generalizações, mas pela contingência, o que implicou numa forma de analisar o campo de maneira particular, singular e crível (GEERTZ, 1997; COSTA, 2002).
Em relação ao momento de elaborar as perguntas da pesquisa, utilizar essa etnografia implicou um desafio enorme, pois ela (a pergunta) passou a assumir uma condição de protagonista em relação às contestações das visões canônicas. Com isso passei a problematizar, de forma relacional e contingente, o campo, levando em conta as suas singularidades e a heterogeneidade daquilo que almejei investigar. Além disso, fiz questão de pontuar, sempre que necessário, as minhas subjetividades como pesquisador e tal atitude julgo como imperativa para o desenvolvimento do trabalho. Nesse sentido, Macedo (2010) é enfático em relação à necessidade de o pesquisador que venha a fazer uso de referenciais tidos como pós-modernos, confrontar-se, ao longo da pesquisa, com as suas motivações, perspectivas e finalidades, mas, para tanto, esse pesquisador deve suspender seus preconceitos, tornando-os explícitos na sua narrativa, começando talvez durante o processo de elaboração da própria pergunta. Sem nenhum exagero, trata-se de um movimento, por parte do pesquisador, em termos epistemológico e ontológico, extremamente desafiador! Creio que, devido à inerente rotatividade dos orientandos deste grupo de pesquisa, a questão colocada acima deve ser um dos pilares das discussões do GECCE, levando em conta as características dos referenciais adotados para o desenvolvimento dos vossos trabalhos.
Em termos de escrita, tentei, ao longo da minha produção textual, fugir do padrão usual, ou seja, me fiz mais presente no texto, o que acredito que não tenha resultado em uma pesquisa menos verossímil que as demais. Nessa escrita, tentei marcar uma primazia de narrativas em relação às vozes de autoridade no texto, pois, ao utilizar essa etnografia, passei a ter clareza de que os enunciados foram proferidos por indivíduos datados e situados historicamente e, principalmente, não dissociados do seu contexto. As narrativas foram, na medida do possível, construídas de uma forma em que os informantes, ao longo do texto, vez ou outra apareceram mais que a mim mesmo. Nesse sentido, retomo a ideia contida na TAR, pois, ao longo do texto, em inúmeras passagens, me coloco no texto em primeira pessoa e gostaria de justificar essa opção. Diferentemente do que pode ser pensado a esse respeito, sinceramente não encaro como uma impostura científica, acadêmica ou uma arrogância literária. Apenas quis, com tal atitude, ser coerente com o corpus teórico e metodológico do trabalho, pois, do ponto de vista da TAR, enquanto o sujeito pode ser marcado por uma unidade, a subjetividade, segundo Latour (2012), é sempre parcial, composta por múltiplas vozes, portanto coletiva.
No entanto, o ponto ao qual quero chegar com esta reflexão é que, estando imerso nessa rede de atores, ao colocar-me na primeira ou na terceira pessoa, estaria, em ambos os casos, mobilizando aliados, pois a minha presença no texto está totalmente desatrelada e felizmente muito distante de uma pretensão de neutralidade, já que se trata de um trabalho interessado e contingente, o que por si só já é motivo mais do que suficiente para reconhecer de que se trata de alguns dos mecanismos que utilizamos para engendrar o mundo, ao mesmo tempo em que sou engendrado (LARROSA, 1994; 2006). Desta forma, colocando-me na primeira pessoa, acredito que tenha servido também para assumir que não segui alguns ritos da escrita acadêmico-científica que procuram, através de certos artifícios, ocultar ou borrar a presença do pesquisador na sua própria pesquisa, para, com isso, eximir a teoria e a metodologia das perigosas subjetividades humanas, “garantindo” assim que os fatos surjam e algo seja descoberto.
Para finalizar esta parte do texto, recorro a Peters (2000) com a finalidade de marcar que a condição pós-moderna não deve ser encarada como algo fixo, como um rótulo que carrega uma história linear, mas sim como portadora de significados que com o passar do tempo vêm sendo modificados.
Naquilo que diz respeito à utilização da TAR como ferramenta metodológica, os desafios e as consequências para o trabalho não ficaram, em absoluto, aquém da etnografia. Poderia discorrer algumas páginas neste sentido, mas, considerando que este texto tem por intuito servir não mais do que um relato, cabe salientar que sua utilização me “obrigou” a relevar ou suspender os meus quadros de referência, ou seja, da mesma forma como não existiu um grupo a partir do qual vislumbrei uma sociedade por onde começar uma análise, tampouco existiu natureza como ponto de partida analítico, pois tanto uma coisa quanto a outra, são produtos de um processo lento, interessado e contingente de purificação (LATOUR, 1994).
Tal posicionamento fez-se necessário, porque meus quadros de referência apresentados e discutidos não estavam ou partiram de algum lugar ou de coisas que estavam à espera da minha astúcia como pesquisador para achá-los, mas decorreram das associações contingentes entre mim, a pesquisa e o LABRE e acabaram por urdir uma rede (LATOUR, 2012). Tal argumentação se fez necessária a fim de evitar o entendimento equivocado de que parti, para o desenvolvimento deste trabalho, de algumas inerências, o que certamente caracterizaria uma estrutura a partir da qual seria possível inferir relações de causa e efeito.
Para um leitor mais atento deste breve relato, talvez a utilização da etnografia pós-moderna e da TAR como referenciais metodológicos acabe por estabelecer uma contradição com relação ao meu papel de pesquisador durante os vários momentos do trabalho. Digo isso, pois, conforme anunciado nas linhas que fazem referência à Etnografia, afirmei que uma das consequências foi exatamente assumir a minha não neutralidade, admitindo o quanto os meus atravessamentos se fizeram presentes na idealização do projeto de pesquisa, nos registros de campo, nas análises e na escrita do texto. Pois bem, com relação à TAR, segundo Latour (2012), ao utilizá-la devemos nos despir dos nossos quadros de referência e deixar o campo falar por via das relações contingentes, que porventura venham a se estabelecer em uma rede de atores.
Meu objetivo com o apontado nos parágrafos anteriores é de, talvez, suscitar no grupo essa discussão acerca do posicionamento dos pesquisadores em relação à sua pesquisa. Para tanto, recorro às seguintes perguntas de Latour (2004, p. 359): “Mas onde já se viu um diplomata que não leve os estigmas do campo que ele representa?” e “Quem não se reveste da capa dos interesses poderosos que ele escolheu para servir, e, portanto, trair?”
É claro que, ao final do trabalho, percebi que alguns aspectos teóricos e metodológicos poderiam ter sido mais bem desenvolvidos. Porém, avalio que esses descuidos tenham ocorrido não por desleixo, preguiça ou falta de orientação, mas devido à falta de experiência e maturidade com relação à teoria e à metodologia. Por outro lado, sei que ambas só podem ser adquiridas durante a caminhada. Soma-se a esse imbróglio existencial, a necessária delimitação cronológica de que dispomos para o desenvolvimento das nossas pesquisas, porque, inevitavelmente, temos que estabelecer uma finitude, para algo que sabidamente é infinito.
Lembro-me, como se fosse hoje, de que o Prof. Dr. Alfredo da Veiga Neto, que compôs também a minha banca de defesa, exatamente neste momento disse, não necessariamente nestes mesmos termos: “tudo aquilo que constava no trabalho dizia respeito a uma fração da complexidade do que aconteceu no laboratório e nos experimentos e que, portanto, não temos como retratar ou explicar de maneira absoluta o que pesquisamos”.
De posse dessa frase, penso no seu significado até hoje, não como uma forma de justificar as fragilidades do meu fazer acadêmico, mas, sim, para além das minhas fragilidades, entender, também, que todas as teorias e/ou metodologias são limitadas nelas mesmas, pois, indubitavelmente são contingentes, interessadas e, por incrível que pareça, são deste mundo, o qual, sabidamente é plural, o que, portanto, adiciona aos nossos trabalhos alguns ingredientes (in)desejáveis, tais como: a incerteza; a construção; as relações de poder; o descontrole; a infinitude; o relativismo; a produção cultural; e o controverso.
Comentários finais
Como diria o prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira, a quem me refiro com todo o respeito que merece, não apenas por ter sido meu orientador, mas pelos ensinamentos oriundos da nossa relação estabelecida no período do doutorado, “chega de ladainha” …
Como não poderia ser, mais uma vez tive que fazer escolhas para a elaboração deste texto. Por via das minhas inquietudes acadêmicas vivenciadas ao longo do desenvolvimento da Tese, as quais, como podem perceber, se mantêm vivas até hoje, procurei, com o exposto, não colocar a minha Tese em um lugar privilegiado ou estigmatizado pela razão, por via de um olhar anacrônico, mas, afirmo, sem dúvida alguma, que fez e tem feito muita diferença na minha vida.
Para finalizar, desejo a todos(as) sucesso nos seus trabalhos e, como não poderia ser diferente, espero que este relato possa, de alguma forma, contribuir para o aprimoramento dos trabalhos e, por consequência, do grupo. Fica aqui o meu cordial e fraterno abraço!!
Referências bibliográficas
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PETERS, M. Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.